"Deveríamos entender a muda de penas como a “estação da renovação”, pois é o momento de recuperarmos um pássaro, garantindo mais disposição e fogosidade futura.
Muda não é doença, quando ocorre na época correcta (JULHO/AGOSTO), embora debilite o organismo do pássaro. Deve ser encarada como doença, quando ocorre fora de época.
A ocorrência desta hipótese, poderá ser devido a um manejo inadequado, e, ou, debilidades orgânicas.
Substituições bruscas na dieta alimentar, também podem provocar a queda de penas.
O que diferencia a “muda fisiológica” da “muda patológica” é a sua ocorrência dentro da estação que empiricamente sabemos ser correcta, fruto de longos anos de convivência com os pássaros.
Percebemos mais facilmente a chegada da muda nos machos, pois ele produz menos cantos, ou interrompe suas manifestações canoras.
Já nas fêmeas, mesmo tratando-se do principal activo de um criatório, só percebemos que estão trocando suas penas, quando elas são encontradas no fundo da gaiola.
Porque e quando os pássaros mudam de penas ?
As penas, são anexos de extrema importância à sobrevivência dos pássaros: são imprescindíveis para exercer o vôo; ajudam na regulação de temperatura do corpo; auxiliam como barreira de protecção à penetração de micro organismos; auxiliam as fêmeas na incubação dos ovos e nos machos, tem um papel importante nos cortejos de acasalamento.
A necessidade das penas serem renovadas anualmente, deve-se ao desgaste que elas sofrem com atritos nas grades da gaiola, comprometimento funcional pelo ataque de ectoparasitas (piolhos e ácaros) e pela perda de plasticidade.
O processo de renovação das penas é lento, e a quantidade que estarão sendo renovadas a cada momento, está condicionada a condições ambientais e às condições orgânicas do pássaro.
A renovação se inicia através de mudanças hormonais no organismo do pássaro.
Estas alterações hormonais, ocorrem por estímulos que são induzidos, a partir da redução do período de luminosidade durante o dia e oscilações na temperatura.
No entanto, não podemos desconsiderar o stress causado pelo desgaste oriundo da intensa reprodução, ou mesmo, decorrente da intensa actuação durante a temporada de competições.
Vale destacar que pássaros com melhores condições orgânicas vencerão melhor esta fase, se comparado, com aqueles que iniciam-na desgastados.
Muitos poderão não suportar este período e morrer.
Não nos ateremos à pequena muda que ocorre em pássaros novos (até 4 meses de idade), comum chamada de muda de ninho, uma vez que ela não promove desgastes e muito menos inspira tanta preocupação, passando muitas vezes despercebida pelas poucas penas que são renovadas.
Cabe ressaltar que o criador deve manter-se vigilante, com os machos e as fêmeas indistintamente, pois ambos terão funções importantes na próxima temporada.
É comum observamos na residência de alguns amigos, que quando um pássaro entra na muda, ele engaveta o pássaro (como se a necessidade de luminosidade deixasse de existir), tira a água de banho, reduz a alimentação a um mero alpista ou fubá, ou, estabelece uma dieta com alto teor de gordura.
Obviamente devemos nos acercar de cuidados: com as correntes de ventos, variações bruscas de temperaturas, bem como, evitar empobrecer a dieta.
Pincelando algumas informações da literatura, destacamos que:
- Para a formação das penas as células usam proteínas, aminoácidos, energia e vitaminas, assim como sais minerais.
- No processo de muda, a pele deve receber nutriente, em quantidades suficiente para formação de penas sadias.
Esta pena sadia deve ao sair do folículo ir desabrochando suas bárbulas.
- O fígado é um órgão vital, para o metabolismo dos nutrientes e formação das penas na ave.
O bom estado do fígado, reflecte em um empenamento adequado.
Casos de problemas de penas podem estar intimamente ligados ao estado de funcionamento deste órgão.
- Usamos muitos complexos vitamínicos com biotina (vitamina H), protectores hepáticos, suplementos de aminoácidos.
- Devemos fazer controle de parasitas intestinais, e bactérias que acometem o fígado.
Como vemos a época de pagarmos o “couvert” pelo canto dos nossos pássaros, e, identificamos nossas fêmeas pelos filhotes que foram gerados, é na “estação de renovação” das penas.
Com estas medidas garantimos que o pássaro tenha uma bela plumagem, aproveitando para reabilitar alguma deficiência orgânica que possa estar presente no pássaro.
Num ambiente adequado para a ocorrência de boa muda, certamente os pássaros terão sossego, não recebendo estímulos desnecessários tais como, esfregar fêmea para forçar o macho cantar.
Alguns amigos preferem reunir num viveiro, grupos de fêmeas que lá permanecerão durante a muda, tentando reproduzir o cenário que observamos no ambiente natural.
O viveiro certamente contribui para atenuar o stress, nos momentos em que ocorre a aproximação do tratador.
A desvantagem, é perceber que assumiram provisoriamente um comportamento mais arisco, quando as levamos de volta para gaiola individual, após o encerramento da muda.
No manejo com os CTs, durante o período de muda, costumo adoptar a seguinte dieta:
Farinhada:
um comedor de unha diariamente
Complexo vitamínico:
3 vezes por semana na água do bebedouro
Complexo de aminoácidos:
todos os dias na água do bebedouro.
Não custa lembrar que o macho que faz uma boa muda, retorna na alta temporada com muita fogosidade para o canto, e, sem o risco de não conseguir fertilizar os ovos.
Para as fêmeas, reduz o risco de não entrar no ciclo reprodutivo, e botando a quantidade de ovos que sua genética permite."
Fonte: Autor Desconhecido
Muda não é doença, quando ocorre na época correcta (JULHO/AGOSTO), embora debilite o organismo do pássaro. Deve ser encarada como doença, quando ocorre fora de época.
A ocorrência desta hipótese, poderá ser devido a um manejo inadequado, e, ou, debilidades orgânicas.
Substituições bruscas na dieta alimentar, também podem provocar a queda de penas.
O que diferencia a “muda fisiológica” da “muda patológica” é a sua ocorrência dentro da estação que empiricamente sabemos ser correcta, fruto de longos anos de convivência com os pássaros.
Percebemos mais facilmente a chegada da muda nos machos, pois ele produz menos cantos, ou interrompe suas manifestações canoras.
Já nas fêmeas, mesmo tratando-se do principal activo de um criatório, só percebemos que estão trocando suas penas, quando elas são encontradas no fundo da gaiola.
Porque e quando os pássaros mudam de penas ?
As penas, são anexos de extrema importância à sobrevivência dos pássaros: são imprescindíveis para exercer o vôo; ajudam na regulação de temperatura do corpo; auxiliam como barreira de protecção à penetração de micro organismos; auxiliam as fêmeas na incubação dos ovos e nos machos, tem um papel importante nos cortejos de acasalamento.
A necessidade das penas serem renovadas anualmente, deve-se ao desgaste que elas sofrem com atritos nas grades da gaiola, comprometimento funcional pelo ataque de ectoparasitas (piolhos e ácaros) e pela perda de plasticidade.
O processo de renovação das penas é lento, e a quantidade que estarão sendo renovadas a cada momento, está condicionada a condições ambientais e às condições orgânicas do pássaro.
A renovação se inicia através de mudanças hormonais no organismo do pássaro.
Estas alterações hormonais, ocorrem por estímulos que são induzidos, a partir da redução do período de luminosidade durante o dia e oscilações na temperatura.
No entanto, não podemos desconsiderar o stress causado pelo desgaste oriundo da intensa reprodução, ou mesmo, decorrente da intensa actuação durante a temporada de competições.
Vale destacar que pássaros com melhores condições orgânicas vencerão melhor esta fase, se comparado, com aqueles que iniciam-na desgastados.
Muitos poderão não suportar este período e morrer.
Não nos ateremos à pequena muda que ocorre em pássaros novos (até 4 meses de idade), comum chamada de muda de ninho, uma vez que ela não promove desgastes e muito menos inspira tanta preocupação, passando muitas vezes despercebida pelas poucas penas que são renovadas.
Cabe ressaltar que o criador deve manter-se vigilante, com os machos e as fêmeas indistintamente, pois ambos terão funções importantes na próxima temporada.
É comum observamos na residência de alguns amigos, que quando um pássaro entra na muda, ele engaveta o pássaro (como se a necessidade de luminosidade deixasse de existir), tira a água de banho, reduz a alimentação a um mero alpista ou fubá, ou, estabelece uma dieta com alto teor de gordura.
Obviamente devemos nos acercar de cuidados: com as correntes de ventos, variações bruscas de temperaturas, bem como, evitar empobrecer a dieta.
Pincelando algumas informações da literatura, destacamos que:
- Para a formação das penas as células usam proteínas, aminoácidos, energia e vitaminas, assim como sais minerais.
- No processo de muda, a pele deve receber nutriente, em quantidades suficiente para formação de penas sadias.
Esta pena sadia deve ao sair do folículo ir desabrochando suas bárbulas.
- O fígado é um órgão vital, para o metabolismo dos nutrientes e formação das penas na ave.
O bom estado do fígado, reflecte em um empenamento adequado.
Casos de problemas de penas podem estar intimamente ligados ao estado de funcionamento deste órgão.
- Usamos muitos complexos vitamínicos com biotina (vitamina H), protectores hepáticos, suplementos de aminoácidos.
- Devemos fazer controle de parasitas intestinais, e bactérias que acometem o fígado.
Como vemos a época de pagarmos o “couvert” pelo canto dos nossos pássaros, e, identificamos nossas fêmeas pelos filhotes que foram gerados, é na “estação de renovação” das penas.
Com estas medidas garantimos que o pássaro tenha uma bela plumagem, aproveitando para reabilitar alguma deficiência orgânica que possa estar presente no pássaro.
Num ambiente adequado para a ocorrência de boa muda, certamente os pássaros terão sossego, não recebendo estímulos desnecessários tais como, esfregar fêmea para forçar o macho cantar.
Alguns amigos preferem reunir num viveiro, grupos de fêmeas que lá permanecerão durante a muda, tentando reproduzir o cenário que observamos no ambiente natural.
O viveiro certamente contribui para atenuar o stress, nos momentos em que ocorre a aproximação do tratador.
A desvantagem, é perceber que assumiram provisoriamente um comportamento mais arisco, quando as levamos de volta para gaiola individual, após o encerramento da muda.
No manejo com os CTs, durante o período de muda, costumo adoptar a seguinte dieta:
Farinhada:
um comedor de unha diariamente
Complexo vitamínico:
3 vezes por semana na água do bebedouro
Complexo de aminoácidos:
todos os dias na água do bebedouro.
Não custa lembrar que o macho que faz uma boa muda, retorna na alta temporada com muita fogosidade para o canto, e, sem o risco de não conseguir fertilizar os ovos.
Para as fêmeas, reduz o risco de não entrar no ciclo reprodutivo, e botando a quantidade de ovos que sua genética permite."
Fonte: Autor Desconhecido
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