"A história do canário vermelho é cheia de episódios e tentativas que remontam há quase um século.
Têm-se notícias que as primeiras experiências datam de 1895.
Porém, temos como pioneiro da canaricultura vermelha o alemão Bruno Materns, com a introdução do Tarim da Venezuela, por volta do ano de 1914.
Ainda fazendo parte do principal grupo temos Dunker, Heniger, Balsen e Dhams.
TEORIAS SOBRE O FATOR VERMELHO
Há duas teorias que explicam a assimilação do fator vermelho: uma química e outra genética.
QUÍMICA
No protoplasma da célula do canário encontram-se certos corpúsculos coloráveis do amarelo ao vermelho.
Esta origem vem desde o canário ancestral.
Porém, o canário não possui o catalisador que possibilita o metabolismo acelerar a reação bioquímica destes corpúsculos.
O catalisador para o vermelho não é o mesmo para o amarelo.
A plumagem sempre foi de lipocromo amarelo, até que ocorreu a mutação que inibiu esta cor no manto, dando origem ao canário branco, mas até hoje não surgiu mutação para o vermelho, embora saibamos que hajam dois pigmentos lipocromicos:
FATOR VERMELHO
Como foi introduzido este catalisador no canário?
Pelo Tarim Vermelho da Venezuela (spinus cuculatos)
O factor para o vermelho é livre e se comporta de forma independente de outros factores.
GENÉTICA
A teoria genética quer demonstrar que o processo de transmissão do factor vermelho para o canário teve origem na propriedade que o Tarim tem de transferir, ao híbrido de primeira geração, um gameta com o gen que contém o factor vermelho, dando origem a um híbrido heterozigoto para o caráter considerado, ou seja, um gameta com o gen para o fator vermelho herdado do Tarim e outro gameta herdado da Canária, sem o factor vermelho.
Na verdade, nem uma nem outra teoria pode ser comprovada na prática, nem a que é baseada exclusivamente nos princípios genéticos e muito menos aquela que atribui à questão um princípio puramente químico.
Há certos fatores que um indivíduo quando o recebe não perde mais, a não ser por um processo de mutação.
Neste caso encontramos os biocatalizadores.
Por este motivo é que a união das duas teorias muito provavelmente deve ocorrer.
O Tarim transmite o catalisador que faz acelerar o processo para colorir a plumagem do canário, em cuja célula já se encontra o pigmento vermelho.
Não fora isto, os canários hoje em dia mais afastados, gerações várias da linha direta do Tarim não teriam mais a capacidade de absorção do carotenóide vermelho que se lhes administram.
Podemos observar ainda, que mesmo uma descendência direta se não ajudamos com substâncias que contenham cantaxantina a progênie carece de uma cor vermelha pronunciada.
Há, nas células dos animais, certas enzimas cuja função é acelerar a reação bioquímica.
Sua ausência impediria esta reação ou esta se processaria de forma extremamente lenta.
A estrutura química das enzimas é de natureza extraordinariamente complexa.
Há certos pássaros que possuem a capacidade de sintetizar os pigmentos, não só vermelhos como também amarelos.
O Tarim é um caso destes.
Há porém uma infinidade deles."
Amadeo Sigismondi Filho
Juiz COM HS-OBJO
Revista AVO Junho 200
Arquivo Editado em 10 Jan 2004
Têm-se notícias que as primeiras experiências datam de 1895.
Porém, temos como pioneiro da canaricultura vermelha o alemão Bruno Materns, com a introdução do Tarim da Venezuela, por volta do ano de 1914.
Ainda fazendo parte do principal grupo temos Dunker, Heniger, Balsen e Dhams.
TEORIAS SOBRE O FATOR VERMELHO
Há duas teorias que explicam a assimilação do fator vermelho: uma química e outra genética.
QUÍMICA
No protoplasma da célula do canário encontram-se certos corpúsculos coloráveis do amarelo ao vermelho.
Esta origem vem desde o canário ancestral.
Porém, o canário não possui o catalisador que possibilita o metabolismo acelerar a reação bioquímica destes corpúsculos.
O catalisador para o vermelho não é o mesmo para o amarelo.
A plumagem sempre foi de lipocromo amarelo, até que ocorreu a mutação que inibiu esta cor no manto, dando origem ao canário branco, mas até hoje não surgiu mutação para o vermelho, embora saibamos que hajam dois pigmentos lipocromicos:
FATOR VERMELHO
Como foi introduzido este catalisador no canário?
Pelo Tarim Vermelho da Venezuela (spinus cuculatos)
O factor para o vermelho é livre e se comporta de forma independente de outros factores.
GENÉTICA
A teoria genética quer demonstrar que o processo de transmissão do factor vermelho para o canário teve origem na propriedade que o Tarim tem de transferir, ao híbrido de primeira geração, um gameta com o gen que contém o factor vermelho, dando origem a um híbrido heterozigoto para o caráter considerado, ou seja, um gameta com o gen para o fator vermelho herdado do Tarim e outro gameta herdado da Canária, sem o factor vermelho.
Na verdade, nem uma nem outra teoria pode ser comprovada na prática, nem a que é baseada exclusivamente nos princípios genéticos e muito menos aquela que atribui à questão um princípio puramente químico.
Há certos fatores que um indivíduo quando o recebe não perde mais, a não ser por um processo de mutação.
Neste caso encontramos os biocatalizadores.
Por este motivo é que a união das duas teorias muito provavelmente deve ocorrer.
O Tarim transmite o catalisador que faz acelerar o processo para colorir a plumagem do canário, em cuja célula já se encontra o pigmento vermelho.
Não fora isto, os canários hoje em dia mais afastados, gerações várias da linha direta do Tarim não teriam mais a capacidade de absorção do carotenóide vermelho que se lhes administram.
Podemos observar ainda, que mesmo uma descendência direta se não ajudamos com substâncias que contenham cantaxantina a progênie carece de uma cor vermelha pronunciada.
Há, nas células dos animais, certas enzimas cuja função é acelerar a reação bioquímica.
Sua ausência impediria esta reação ou esta se processaria de forma extremamente lenta.
A estrutura química das enzimas é de natureza extraordinariamente complexa.
Há certos pássaros que possuem a capacidade de sintetizar os pigmentos, não só vermelhos como também amarelos.
O Tarim é um caso destes.
Há porém uma infinidade deles."
Amadeo Sigismondi Filho
Juiz COM HS-OBJO
Revista AVO Junho 200
Arquivo Editado em 10 Jan 2004
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